Avestruzes à porta de casa
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Com a doença das "vacas loucas" a carne de avestruz torna-se cada vez mais uma alternativa na alimentação.
Em Azenhas dos Tanoeiros, próximo da Encarnação, dois agricultores acreditam mesmo que a produção
destas aves pode ser uma alternativa à asfixiada agricultura. Resolveram experimentar e já obtiveram
os primeiros resultados.
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Maria mede cerca de um metro e oitente, tem pernas longas e cobre o corpo com plumas
castanhas a condizer com os grandes olhos. À primeira vista, estas características poderiam
levar qualquer um a pensar que se trata de uma... avestruz. Com o seu pescoço
de mais de meio metro, esta ave é uma das preferi das da família de Rogério Miranda: "Quando
os meus filhos chegam a casa não Vêm ver os pais, vão é logo ver as avestruzes", confessa
o agricultor de Azenhas dos Tanoeiros (Encarnação), que desde Setembro de 1997 se dedica
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a uma experiência de criação de avestruzes reprodutoras. O objectivo é comercializar os animais com
outros produtores e, mais tarde, vendê-los para abate.
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Contudo, este é um negócio que requer um grande investimento e que representa um risco. Cada conjunto
de três animais reprodutores custa cerca de 2 mil contos, a que é preciso somar o preço de incuba
douras e de "nascedouras". Foi por isso que Rogério Miranda se aliou a um visinho, José Carlos
Francisco.
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Cada um tem as suas avestruzes, mas dividem algum equipamento e. sobretudo, as experiências. Até
1997, Rogério Miranda e José Carlos nunca se tinham dedicado à criação de animais. As atenções estavam
viradas para as estufas e a agricultura ao ar livre para indústria. A ideia de criar avestruzes
nasceu em 1995, altura em que começaram os contactos com produtores já instalados em Portugal.
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Bebés com 48 horas Cada ovo pesa 1,500 kg
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