Palácio Nacional de Mafra
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O PALÁCIO
A parte respeitante ao palácio, propriamente dita, alonga-se
em toda a extensão da fachada poente em cerca de duzentos e vinte metros, de torreão a torreão, pouco
menos do comprimento da frontaria do monumento congénere do Escorial em Espanha. Nada menos de onze salas
se alinham ao longo deste magestoso edifício Joanino. Precisamente, ao centro deste
enfiamento arquitectónico fica situada a chamada «Sala da Benção», completamente revestida de vistosa
pedraria azul, preta, amarela, branca e vermelha. Para o lado da igreja, abrem três magníficas tribunas
donde se pode admirar a imponente perspectiva da nave central da Basílica. Partindo
deste ponto, aos olhos do observador, a perspectiva é impressionante pela distância que nos separa da
última sala desta sequência arquitectónica. Numa delas, a
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nota artística é dada pela admirável tapeçaria historiana, de Bruxelas, assinada por Leinier. Seguen-se
outras de maior, ou menor interesse, até se chegar à antiga «Sala do Trono», com o seu tecto pintado
e algumas «grisailles», de Domingos Sequeira. Bastava esta elaboração para dar ao recinto categoria artística,
aliás já firmada por outros elementos decorativos, desde o mobiliário às tapeçarias e objectos de iluminação.
De resto, as proporções da sala concorrem, à maravilha, para tornar mais nobre e bela
a sua elegância. Embora discreto, pelo arranjo arquitectónico e pela meia-luz que
o envolve, o «oratório» é, apesar disso, um
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recanto muito saboroso e bastante evocador da vida palaciana doutros tempos. O Palácio
serviu de residência de verão à Família Real e o Convento chegou a albergar cerca de 300 frades arrábidos.
Hoje é museu nacional e o Convento está a ser utilizado como Escola Prática de Infantaria, assim como
a Câmara Municial se serve dele como Paços do Concelho.
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Em cima: Sala da Caça Em baixo à esquerda: Quarto onde dormiu o rei D. Manuel II antes
de partir para o exílio Em baixo à direita: Enfermaria do Convento destinada a doentes graves
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